sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

OPÇÕES DE VIDA A QUE OS GOVERNOS NOS OBRIGAM

Temos assistido ultimamente a constantes manifestações de desagrado por todo o país quer por parte das populações, quer por parte dos autarcas locais contra os encerramentos a que políticas discutíveis vão por certo levar a uma desertificação das zonas menos populosas e a uma concentração das pessoas junto de pólos urbanos.
Ele são as Escolas, ele são as maternidades, ele são os Centros de Saúde, etc., etc, e Deus sabe o que por aí virá a seguir.
Sem querer pôr em causa alguma qualidade nos serviços prestados que eventualmente se ganhará com essa concentração, não se estarão a colocar em causa elementares opções de vida num mundo rural, onde hoje muitos dos que já estão saturados dos meios urbanos gostariam de viver?
Já não nos bastava existirem PDMs que são autênticos atentados a uma ruralidade que se quer moderna mas que não esqueça uma determinada qualidade de vida a que os cidadãos têm direito?
A quem interessa essa concentração de pessoas nos meios urbanos?
Já alguém fez contas aos custos acrescidos, e aos incómodos que tais situações vêm criar?
Os poucos transportes públicos existentes e a horas inadequadas, vão resolver o problema de quem não tem meios de transporte próprios, ou dinheiro para os sustentar?
Depois admirem-se de ter um país onde se vive em autênticas gaiolas, quais animaizinhos de estimação, e um outro pintado de negro com as cinzas provenientes dos incêndios a que as zonas abandonadas o deixaram.

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