sábado, 1 de março de 2008

A TERCEIRA IDADE

É com este nome que normalmente são conhecidos os idosos, ou seja aqueles que fizeram parte de uma geração anterior à nossa, e que são os responsáveis por nós todos estarmos aqui.
Se é a terceira idade, é caso para perguntar qual é a 1ª e a 2ª idade, como se cada um de nós nascesse 3 vezes.
De facto só nascemos uma vez em termos biológicos, pois só temos uma vida, mas essa vida passa por várias fases (talvez as tais 3 idades).
A primeira é a infância e a juventude, em que normalmente são os outros que cuidam de nós e nos tratam.
A segunda é a da vida activa em que nós temos que trabalhar para nós próprios, e dar continuidade à humanidade, criando os nossos filhos e contribuindo também para o bem da comunidade.
A terceira, é aquela a que todos nós aspiramos chegar, mas que tão mal tratamos enquanto estamos na segunda.
Vem isto a propósito do tratamento que a sociedade dá aos nossos idosos. Temos todos a tentação de pensar que isso é um problema que o Estado tem que resolver. E de facto o Estado não se pode alhear de alguma responsabilidade.
Mas cada um de nós tem que ser co-responsável tratando o melhor possível aqueles em tempos trataram de nós, nos deram o seu esforço, carinho, e que se privaram de muitas coisas da vida para que nós pudéssemos ser o que somos hoje.
O que se assiste é a uma cada vez maior sensibilização por parte dos governantes para este problema, sendo hoje comum ouvir-se falar de várias iniciativas públicas que se calhar mais não fazem que uma forma de tentar calar a revolta que vai no íntimo de cada um pela forma como a sociedade os trata.
São de louvar tais iniciativas, mas todos temos que fazer algo mais do que encontrar um Lar para “despejar” o nosso pai ou a nossa mãe, e assim nos livrarmos daquele “fardo” que muitas vezes se arrasta e não nos deixa gozar a vida a que achamos que temos direito, esquecendo que um dia estaremos nas mesmas condições.
Talvez nessa altura a nossa consciência nos lembre alguns ditados populares como seja “Quem semeia ventos, colhe tempestades” ou “Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti.”
Todos temos direito a uma vida digna desde o dia em que nascemos até ao dia em que morremos.

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